As intervenções da psicologia trabalham paralelamente às instituições sociais. Dessa forma, o debate sobre a justiça social e leituras sobre o social tendem a ser críticos das instituições. Esse debate crítico trabalha os resultados ruins das instituições ou das falhas sociais e tenta corrigi-las de forma paralela às instituições e o social.
Mas a psicologia não pode fugir de uma discussão séria e aprofundada sobre as interfaces da psicologia com o social, o político e o econômico. A psicologia em suas interfaces não deveriam ser um monólogo e deveriam ser pluralistas pois nas áreas originais não há um monólogo. Sempre há um jogo de controvérsias na ciência.
Intervenções institucionais não psicológicas podem promover bastante saúde e desenvolvimento social em suas diferentes dimensões. A psicologia não deveria se colocar apenas como salvadora das falhas institucionais e sociais se é possível se tornar desnecessária com um bom desenvolvimento social. O subsídio público todo da psicologia está no sentido de criticar as instituições e o social para "salvar" o indivíduo. Esse subsídio público gera distorções na formação e na oferta de serviços no sentido de desconhecer as perspectivas apresentadas nesse blogue.
A psicologia não pode se restringir a apenas um campo ideológico. Ela perde respeito social dessa maneira. Ou a psicologia foge dessas questões nas intervenções ou ela debate isso de forma pluralista. Pois da forma como está atualmente, está fazendo a cabeça das pessoas ou está sendo rejeitada por quem já tem opinião formada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário