Pós-modernismo e política científica na psicologia contemporânea: uma revisão crítica
RESUMO
Este é um estudo sobre a influência do pós-modernismo na política científica da Psicologia contemporânea. Investigam-se os pressupostos epistemológicos adotados pelo Construcionismo Social e suas consequências político-acadêmicas. Aponta-se o abandono pela filosofia pós-moderna da distinção entre contexto de descoberta e contexto de justificação, como causa da dissolução da distinção entre critérios epistemológicos e políticos na validação de teorias e hipóteses no campo da Psicologia Social “sociológica”. A consequente rejeição dos pressupostos da ciência moderna leva necessariamente à interpretação da ciência como uma atividade sem privilégios epistemológicos, que se afirma socialmente somente através de recursos políticos e econômicos. A Psicologia Social pós-moderna portanto, como consequência de suas crenças epistemológicas, abandona os laboratórios e pesquisas empíricas e parte para a organização política, o domínio institucional e a propaganda para afirmar-se academicamente. Sem critérios de relevância objetivos, o volume da produção passa a ser o único critério de produtividade acadêmica, mergulhando a Psicologia pós-modernista no que pode ser denominado “complexo de Sherazade”.
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